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Foto do escritorMauricio Silva

Novo ransomware, “Bad Rabbit” atinge Rússia e Ucrânia

Um novo ataque de ransomware chamado de “Bad Rabbit” está varrendo a Rússia e a Ucrânia, entre outros países do Leste Europeu, de acordo com várias notícias locais.


Ainda é cedo demais para dizer o alcance do ataque ou todos que foram atingidos até agora, mas uma série de relatos de ataques à infraestrutura e ao transporte ucranianos fizeram soar os alarmes.


A firma de cibersegurança russa Group-IB relata que pelo menos três veículos de imprensa russos foram atacados, contando também “instituições estatais e objetos estratégicos na Ucrânia como vítimas”. A firma contou à Motherboard que um aeroporto em Odessa, o metrô de Kiev e o ministério da Infraestrutura da Ucrânia foram todos afetados por um “novo ciberataque em massa”.


A agência de notícias russa Interfax anunciou no Twitter que estava trabalhando para restaurar seus sistemas depois de os hackers derrubarem seus servidores.


Uma vez infectadas, as vítimas eram redirecionadas a um site escondido por Tor em que um resgate de 0,05 bitcoins (cerca de R$ 911 na cotação atual) era exigido. Se não for pago dentro de aproximadamente 40 horas, o custo para descriptografar os dados perdidos aumenta. A mensagem de resgate, em fonte vermel

ha sobre um fundo preto, parece ser similar àquela usada nos ataques do NotPetya em junho deste ano.


De acordo com a Kaspersky Lab, de Moscou, as infecções de Bad Rabbit foram detectadas também na Turquia e na Alemanha. “Baseado em nossa investigação, esse é um ataque direcionado contra redes corporativas, usando métodos parecidos àqueles usados no ataque do [NotPetya]”, afirmou a empresa. “Entretanto, não podemos confirmar que ele esteja relacionado ao NotPetya. Vamos continuar nossa investigação.”


A firma de cibersegurança tcheca ESET disse em um post de blog que o ataque aos sistemas do metrô de Kiev foram uma variante do ransomware Petya, no qual o NotPetya também foi baseado — embora o NotPetya tenha sido determinado posteriormente como um malware wiper, projetado para danificar dados permanentemente, e não coletar resgates.


De acordo com a ESET, o ataque também se espalhou pela Bulgária e outros países.


Autor : Dell Cameron

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